07/03/2008

* Um Ganso em Toulouse

Poucas sinopses me deixaram mais curioso em relação ao conteúdo de um livro do que a de " Um Ganso em Toulouse " de Mort Rosenblum. Para que vocês tenham uma idéia do que estou dizendo, vou me dar ao trabalho de transcrevê-la abaixo. Caso algum de vocês venha a ler o livro e queira trocar figurinhas, deixo em aberto essa página para dialogarmos sobre essa obra que me parece ser fascinante. Estou recém nas suas páginas iniciais. Mais tarde colocarei na roda as minhas impressões. Bon Appétit !

"Boa comida e art de vivre é o que faz uma nação de pouco mais de 60 milhões de almas continuar a liderar bilhões de mortais menos iluminados no resto do mundo. Mas se a ascensão e a grandeza da civilização francesa podem ser medidas pelos talheres, o mesmo pode acontecer em relação a sua queda. Com a expansão cada vez mais globalizada do fast food , da programação genética e dos hormônios, não estará a França assistindo a própria ruína?

Nada estremeceu mais o mundo que a Revolução Francesa com seu amontoar de cabeças em cestos de uma praça parisiense. Enquanto isso, um sábio gorducho e careca lembrava os cidadãos que mantivessem a ordem de suas prioridades. 'Grandes acontecimentos são admiráveis' lembrou Brillat-Savarin, 'mas não nos esqueçamos do almoço.'

Mort Rosenblum empenhou, numa espécie de missão sublime, toda a sua perspicácia e o seu apuro de sentidos em busca da alma francesa na devoção à mesa, utilizando-se dos conhecimentos reunidos nos 24 anos em que lá vive.

Rosenblum, jornalista de olhar afiado, escreve de forma lírica e incisiva sobre caçadores de trufas, catadores de ostras, criadores de escargots, chefs premiados , vinhateiros legendários. Faz a cobertura de brigas alimentares, da guerra ao McDonald´s e da sua influência sobre crianças , jovens e adultos patrícios. Ouve e partilha as queixas contra a imposição de modernidade das frias autoridades fiscais de uma nova Europa unificada e das ameaças de substituição do que e´verdadeiramente bom e tradicional pelo prático sem sabor - a bem dos critérios sanitários.

Deleite-se com a viva descrição dos auberges dos chefs de mãos mágicas e dos seus pratos irretocáveis, dos paladares e aromas dos imcomparáveis vinhos e queijos, no verdadeiro banquete que essa leitura lhe oferece. Percorra com o autor todos os quadrantes de uma nação que cultua o bom gosto de refeições encantadas."

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4 comentários:

Anônimo disse...

chegou a encher os olhinhos com vontade de ler mais..

Luciano Lunkes disse...

Pois vai aí um convite, Ane...leia mais! heheh... O prazer será todo meu! super abraço e volte sempre.

Anônimo disse...

Esse livro deve ser uma del�cia mesmo. E falando em del�cia, adorei seu blog e seu site... e lendo o post abaixo, fiquei super curiosa pra aprender sobre o "Infiernillo"... abra�os e ca�arolas cheias pra vc!

Luciano Lunkes disse...

Olha, Vevila...o livro é dez, mesmo!! Estou adorando. Mais tarde vou postar alguns comentário sobre ele. Quanto ao "infernillo", vou terminar o artigo logo, logo. Obrigado pela gentileza e pela visita. Volte sempre. Estamos aí. se precisares de algo e´só dar um grito. Outros abraços e caçarolas pra você( adorei essa!! rs)